Um dos principais objetivos
dos frequentadores de academia ou de qualquer ambiente que propicie e
proporcione a prática de exercícios físicos é a redução do percentual de
gordura corporal.
É fato que essa redução
sempre esteve, para alguns, “ligada” apenas aos exercícios aeróbios. Mas, de
acordo com as dicas especiais para o EMAGRECIMENTO que redigirei no texto a
seguir e nos subsequentes, veremos o quanto o treinamento de força e algumas estratégias
podem potencializar o emagrecimento, inclusive para você que só tem 30 minutos
por dia para a prática de exercícios.
Sempre há como potencializar
os seus resultados!
O exercício físico realizado
de forma regular apresenta inúmeras maneiras de levar ao emagrecimento.
Diversas estratégias poderão tornar o treinamento mais efetivo.
Guardem isso! Respondemos a estímulos! Seja ele positivo,
negativo ou nulo!
Quanto à intesidade...
Geralmente, os melhores
exercícios citados para o emagrecimento estão relacionados à maior oxidação de gordura
(lipídios). De acordo com a literatura, maiores “queimas” de gorduras são
propiciadas pelos exercícios com intensidades de 65% VO2 máx. ou 75% FC máx., em
indivíduos treinados, e 50% do VO2 máx., em indivíduos sedentários.
Ou
seja, esteja atento à sobrecarga do seu treino e informe ao profissional
responsável pela sua prescrição de exercícios!
Quanto menor e
desproporcional ao seu objetivo for a sua intensidade de exercícios, você
poderá estabilizar ou regredir nos seus resultados. Creio – pela minha vivência
na área – que esse não seja o seu interesse no investimento.
Com o passar dos dias de
treinamento, observe que as cargas de seus exercícios não respondem mais de
forma tão intensa como respondiam nos primeiros dias desse seu programa de
treinamento. Isso pode ser um sinal de adaptação ao estímulo empregado. Nesse
caso, é necessária, então, uma alteração na sobrecarga. Atente-se a esse
detalhe, pois, uma vez adaptado à carga, podemos não mais progredir; em vez
disso, podemos estabilizar ou, até mesmo, reverter os resultados conquistados. Necessitamos
sempre de novos estímulos (sobrecargas)!
Quanto
maior for a intensidade dos exercícios regulares realizados, maiores serão os gastos
energéticos no período subsequente a ele. Isso é o que interessa!
Assim, com um melhor condicionamento
físico, propiciado pelo programa treinamento, pode-se colaborar para uma maior
capacidade de oxidar as gorduras (lipídios). A exemplo disso, os tipos de
exercícios que estão ganhando espaço são os de menores volumes (duração) e de
alta intensidade.
Gente,
o treinamento de força é fantástico para isso!
À medida que a intensidade
for aumentada – não falo de você sair aumentando cargas insuportáveis por aí,
mas das cargas prescritas pelo seu profissional
de confiança – significa que o seu corpo está se adaptando aos estímulos
propostos. Assim, poderá aumentar a sua carga de exercícios.
Mas você deve estar
pensando: ”Puxa, eu aumentaria a carga apenas por aumentar? Em que isso me favorece
no processo de emagrecimento?”
Olhe que interessante: antes dos estímulos propostos, apenas algumas
células musculares eram ativadas para sua funcionalidade cotidiana, porém,
apenas essa energia já não era mais suficiente para o alcance do objetivo que
você tanto almeja (Por isso, está querendo emagrecer...). Agora, preste atenção! A partir das novas cargas, você
estimula o seu organismo a entender que você precisa recrutar novas fibras
musculares. Em outras palavras, a “chamar” mais fibras musculares, que estavam
inativas pelo seu sistema nervoso (Sistema Neuromotor), para suportar as novas
cargas dos exercícios, pois somente aquelas fibras musculares já utilizadas não
estão sendo mais suficientes. A partir daí começa a evolução.
Imagine agora que aquela fibra que estava inativa foi ativada e, com a continuidade do programa de treino, se tornou efetiva aos seus movimentos diários. Assim, agora você tem mais uma fibra para suprir (aumento da massa magra), consequentemente, maior será o gasto energético, o que propicia e muito ao emagrecimento.
E
ainda tem mais!
Com a força, adquirida nos
membros inferiores, ficará mais fácil otimizar os treinamentos aeróbios, com mais
economia de movimento e de energia, podendo alcançar, assim, distâncias e
velocidades maiores do que as de antes. Com isso, terá um maior gasto
energético.
Veja
que bacana!
Um estudo publicado por Kang
(2009), demonstrou que realizar exercícios de força em alta intensidade,
seguindo exercícios aeróbios com intensidade de moderada à alta, é capaz de se promover
uma maior oxidação lipídica do que uma sessão de exercícios resistidos de baixa
à moderada intensidade.
O
treinamento de força aumenta o consumo de oxigênio pós-exercício (EPOC), de 1
a 48 horas após o término e em relação aos níveis de repouso. Esse consumo
excessivo de oxigênio, que tem como fonte energética a oxidação das gorduras!
Então, porque ainda vemos
uma galera treinando com cargas leves a moderadas? “- Professor, estou fazendo
exercícios de 3 séries de 15-35 repetições para queimar.”
Ainda sobre essa pesquisa, foi
constatado que mulheres que participaram desse estudo tiveram maior gasto
energético quando realizaram exercícios de força de alta intensidade antes do
aeróbio.
Destarte, procure o mais
rápido possível o seu Profissional de Educação Física e coloque em dia o seu
programa de treino, que pode não estar tão atualizado como deveria! Vale à
pena!
E não esqueça:
Exercícios
mal orientados, realizados por conta própria, por influência de amigos,
copiados da internet e também contínuos de intensidade baixa e longa duração –
por exemplo, os longos exercícios aeróbios – e a não adesão a uma reeducação
alimentar devidamente prescritos por seus respectivos profissionais podem não
ser a melhor estratégia e até propiciarem resultados inversos!
Fiquem atentos às próximas dicas!
Ótimo treino!
Profº
Helder Souza
CREF 004482 G/ES
Revisora textual - Profª Lia Souza
Leia também:
REFERÊNCIAS
CARNEVALLI Junior, Luiz Carlos; LIMA, Waldecir Paula; PEREIRA, Ricardo
Zanuto. Exercício, emagrecimento, e intensidade do treinamento: aspectos
fisiológicos e metodológicos. São Paulo: Phorte, 2011.
LOPES, C. R.; IDE, B. N.; Mário Ferreira Sarraipa. Fisiologia
de Treinamento Esportivo. 2010.
GIAMPIETRO, M.V. Estratégias de treinamento físico
para o emagrecimento. In: CARNEVALLI
Junior, Luiz Carlos; LIMA, Waldecir Paula; PEREIRA, Ricardo Zanuto. Exercício,
emagrecimento, e intensidade do treinamento: aspectos fisiológicos e metodológicos.
São Paulo: Phorte, 2011. cap. 01, p.176-185.
GONÇALVES, D.C. Fisiologia do tecido adiposo:
função endócrina. In: CARNEVALLI
Junior, Luiz Carlos; LIMA, Waldecir Paula; PEREIRA, Ricardo Zanuto. Exercício,
emagrecimento, e intensidade do treinamento: aspectos fisiológicos e metodológicos.
São Paulo: Phorte, 2011. cap. 01, p.21-28.
TEIXEIRA, Cauê V.
L. S., GUEDES, Dilmar P. Musculação
- Perguntas e respostas: as 50 respostas mais frequentes nas
academias. São Paulo: Phorte, 2010.
WILMORE,
Jack. H.COSTILL, David L. KENNEY, W. Larry. Fisiologia
do esporte e do exercício. 4. ed. Sao Paulo: Manole, 2010.
Olá Helder sou do grupo fãs da Pete,e estou encantada com o teu blog,pois já encontrei aqui respostas para muitas duvidas.Já me tornei seguidora.
ResponderExcluirAbraços.
Legal, Cassia Matos! Fico muito feliz com declarações como esta. Este é o objetivo!(RS). Obrigado pelo prestígio! Abraços!
ResponderExcluiramei essa matéria Helder,eu faço musculação e aeróbico,vou tentar fazer cargas mais pesadas e depois ir para o aeróbico,para ter melhores resultados...Obrigado! #Chrisinha Lisboa (Fãs Da Petê)
ResponderExcluir